VERTIGEM POSICIONAL PAROXITICA BENIGNA
VERTIGEM POSICIONAL PAROXITICA BENIGNA

VERTIGEM POSICIONAL PAROXITICA BENIGNA

A VERTIGEM POSICIONAL PAROXISTICA BENIGNA (VPPB),também conhecida como “doença dos cristais”, tem por características principais episódios de vertigem (sensação ilusória de movimento giratório do corpo ou do ambiente),momentâneos (podendo durar de segundos a poucos minutos),associados ou não à náusea, vômito e movimentos involuntários do olhos (nistagmos),mediante à mudanças na posição da cabeça, ao se virar na cama, buscar algo em lugares mais altos e se abaixar rapidamente. Geralmente não está associada a algum quadro maligno.

Com o envelhecimento, a VPPB pode se tornar mais recorrente, embora também encontrada em adultos mais jovens e em pequena porcentagem em crianças.
Esse quadro ocorre devido ao deslocamento de partículas de carbonato de cálcio (otoconias ou “cristais” de cálcio),alojadas em estruturas labirínticas do ouvido interno (sáculo e utrículo),em direção aos canais semicirculares (posterior, anterior e lateral),que auxiliam na formação do equilíbrio e controle postural do corpo. Como resultado desse deslocamento, as células ciliadas, receptoras dos estímulos nervosos do labirinto, são superestimuladas, podendo gerar os sintomas descritos acima.

Além do envelhecimento do organismo, as causas mais comuns podem ser: infecções, traumas, cirurgias ou outros distúrbios do ouvido (como a doença de Menière); traumas cranianos; repouso prolongado na cama; distúrbios metabólicos; possível bloqueio circulatório do ouvido interno; e carência de vitamina D, recentemente estudada.

O diagnóstico da VPPB pode ser realizado pela manobra de posicionamento de Dix e Hallpicke e por exames de imagem, menos solicitados, como a ressonância magnética.
Em geral, o tratamento consiste em manobras de reposicionamento das partículas de carbonato de cálcio, às estruturas do sáculo e utrículo, por meio de movimentos de cabeça e corpo, que são favorecidos pela ação da gravidade. A manobra de Epley, é a mais comumente utilizada para a reposição de canal semicircular posterior. Outras manobras, como por exemplo, de Semont e de Brandt – Daroff, também podem ser utilizadas dependentes do canal semicircular acometido, bem como, serem repetidas se necessárias. Em 90% dos casos, aproximadamente, ocorre a melhora da vertigem e de outros sintomas associados, após a manobra de reposição.

Além disso, podem ser recomendados exercícios e cuidados em casa, como por exemplo, se recostar em plano mais inclinado nas 48 horas subsequentes à manobra; evitar alimentos com cafeína, excesso de sal, de açúcar, álcool e refrigerantes; dentre outros.